ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 26-3-2014.
Aos vinte e seis dias do
mês de março do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Edi Wilson Dinho, Elizandro Sabino,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony,
Mario Fraga, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e
Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago,
Idenir Cecchim, João Derly, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa,
Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista,
Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. Após, foi apregoado o Memorando
nº 011/14, de autoria da vereadora Séfora Mota, informando, nos termos dos §§
6º e 7º do artigo 227 do Regimento, participação no I Encontro Nacional de
Legislativos Municipais, hoje, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram
Ofícios do Fundo Nacional de Assistência Social do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, emitidos nos dias trinta de agosto de
dois mil e treze e vinte e três de janeiro do corrente; e da Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização da Câmara dos Deputados, emitido no
dia vinte e sete de janeiro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Elizandro Sabino, Clàudio Janta, Edi Wilson
Dinho, Sofia Cavedon, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Jussara Cony, Paulinho
Motorista, Delegado Cleiton e Airto Ferronato. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 330 e
336/13, 022, 029 e 034/14, o Projeto de Resolução nº 004/14; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 380/13 e 019/14, os Projetos de
Resolução nos 050/13, 002 e 008/14. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se a vereadora Sofia Cavedon e o vereador Idenir Cecchim. Às
quinze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. A seguir, foram apregoadas as Emendas nos 04 e 05,
de autoria do vereador Airto Ferronato, Líder do Governo, ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 020/13 (Processo nº 3425/13), e foi aprovado
Requerimento de sua autoria, solicitando que essas Emendas fossem dispensadas
do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado
Requerimento de autoria da vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo Presidente,
solicitando votação em destaque das Emendas nos 01, 02, 03, 04 e 05
apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 020/13. Ainda, foi
apregoado documento de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, informando,
nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, que hoje estará em
deslocamento para São Paulo – SP –, a fim de participar em Audiência da
Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados
Americanos, em Washington D.C., Estados Unidos da América. Os trabalhos
estiveram suspensos das quinze horas e trinta e um minutos às dezessete horas e
vinte e quatro minutos, para a realização de reunião conjunta de Comissões
Permanentes. Em continuidade, foi rejeitado Requerimento verbal formulado pela
vereadora Sofia Cavedon, solicitando a realização de Sessão Extraordinária, por
dois votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à
votação pela vereadora Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada por essa
vereadora, tendo votado Sim o vereador Marcelo Sgarbossa e a vereadora Sofia
Cavedon, votado Não os vereadores Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Márcio
Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Séfora
Mota e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção a vereadora Lourdes Sprenger. Ainda, foram aprovados Requerimentos
verbais formulados pelos vereadores Airto Ferronato e Nereu D'Avila, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria priorizada para a Ordem do Dia, e o
vereador Márcio Bins Ely formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na
ordem do Ordem do Dia, o qual foi retirado pelo autor. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 009/14 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 382/13
(Processos nos 0591/14 e 3414/13, respectivamente). A seguir, foi
apregoado Requerimento de autoria do vereador Airto Ferronato, deferido pelo
Presidente, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 04 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 020/13. Em prosseguimento, foi
apregoada a Emenda nº 06, de autoria do vereador Airto Ferronato, Líder do
Governo, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 020/13, e foi aprovado
Requerimento de sua autoria, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do
envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi
apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 020/13 (Processo nº
3425/13), após ser discutido pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores
Clàudio Janta, Dr. Thiago, Valter Nagelstein, Marcelo Sgarbossa, Airto
Ferronato e Mauro Pinheiro e encaminhado à votação pela vereadora Sofia
Cavedon. Foi votada destacadamente a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 020/13, a qual obteve dezesseis votos SIM e cinco
votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo
votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Idenir
Cecchim, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Paulinho Motorista,
Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein e Não
os vereadores Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger e
Márcio Bins Ely e a vereadora Mônica Leal, votação essa declarada nula pelo
Presidente. Após, foi novamente votada destacadamente a Emenda nº 01 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 020/13, a qual obteve doze votos
SIM e cinco votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos
Nedel, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Idenir Cecchim, Jussara Cony,
Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Tarciso Flecha Negra e Valter
Nagelstein e Não os vereadores Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger e Márcio Bins Ely e a vereadora Mônica Leal, votação essa declarada
nula pelo Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a Sessão, os vereadores Nereu
D'Avila, Clàudio Janta, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Sofia Cavedon, Dr.
Thiago, Idenir Cecchim, Valter Nagelstein, Marcelo Sgarbossa, João Carlos Nedel
e Professor Garcia manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezoito
horas e quarenta e sete minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para
a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor
Garcia e Mauro Pinheiro e secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela.
Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; demais
colegas Vereadores, neste dia estamos festejando o aniversário da nossa Cidade,
o aniversário de Porto Alegre. Eu gostaria de aqui, Ver. João Dib, neste dia,
fazer a citação, a leitura de um artigo que escrevi e está publicado no nosso site, no site do PTB e também no jornal Zero Hora, que tem como título: “Por
que amo Porto Alegre?” E aí eu gostaria de, ipsis
litteris, Ver. Bernardino, fazer a leitura deste artigo. A Capital dos
gaúchos é uma cidade que encanta a todos devido à sua diversidade em opções de
lazer, cultura e por sua beleza natural. Impossível conhecer esta Cidade e não
se apaixonar. Aqui temos o pôr do sol mais belo do País, que pode ser apreciado
às margens do único lago, chamado Guaíba. Ao longo dos seus 470 quilômetros
quadrados, o Guaíba percorre outros pontos turísticos de Porto Alegre, a
exemplo da nossa Ipanema, que divide a sua orla em bares e restaurantes, de um
lado e, de outro lado, ciclovia e calçadão, oferecendo lazer e esporte, com uma
bela paisagem. Outro ponto turístico às margens do Guaíba é a Usina do Gasômetro,
com sua charmosa chaminé de 117 metros, que reúne diariamente centenas de
pessoas para contemplar o pôr do sol. A Usina do Gasômetro, além de lazer,
proporciona opções culturais a seus visitantes, pois conta com a galeria de
arte, teatro, cinema, livraria, museu e também enoteca. Em se tratando de
cultura, Porto Alegre é repleta de opções, a começar pela Casa de Cultura Mário
Quintana, que, com a sua bela arquitetura cor-de-rosa, é um patrimônio tombado
que leva este nome em homenagem ao escritor que lá residiu por 18 anos. A Casa
de Cultura é um complexo cultural que reúne teatro, cinemas, galerias, artes e
até mesmo o café. E ainda conta com o apartamento 217, o número do quarto
ocupado pelo saudoso Mário Quintana, ainda decorado como o poeta o deixou.
Outra bela arquitetura que tem o seu prédio como patrimônio tombado, é o Teatro
São Pedro, que além das peças teatrais, teve o seu papel social ao longo da
história, quando arrecadou dinheiro para as vítimas da 1ª Guerra Mundial, e
abrigou uma escola de enfermagem, durante a 2ª Guerra. Não há como não
mencionar a Feira do Livro, realizada no mês de outubro, há mais de cinquenta
anos, na Praça da Alfândega. Este é um programa cultural, que alcança a todas
as camadas sociais, e oportuniza, além da aquisição de bons livros, com
descontos que ainda são possíveis enquanto se apreciar as apresentações
artísticas. Para aqueles que buscam programas culturais ao ar livre, Porto
Alegre conta também com o Jardim Botânico, um dos cinco maiores principais do
País, que já se tornou referência em pesquisa científica. Lá é possível
apreciar uma grande variedade de espécies botânicas e visitar o Museu de
Ciências Naturais, que além de plantas apresenta também aos seus visitantes uma
coleção de peixes, anfíbios, répteis e insetos.
Outra boa opção de passeio ao livre na cidade de
Porto Alegre é percorrer os 500 metros da rua mais bonita do mundo, a rua
Gonçalo de Carvalho. Localizada no bairro Independência, a rua ganhou esse
título depois de suas fotos percorrerem o mundo através da Internet, mostrando toda a sua beleza natural, com o seu túnel
verde de 18 metros de altura e com a rua de paralelepípedos originais. A rua
ainda tornou-se patrimônio histórico, ecológico e cultural da cidade de Porto
Alegre. Por falar em patrimônio histórico e cultural da nossa Capital, devemos
também mencionar as belas arquiteturas, como o Mercado Público, o Chalé da
Praça XV, e o Colégio dos Presidentes.
É construído, há mais de 140 anos, a bela
arquitetura neoclássica do Mercado Público, que é um centro de compras. E não
podemos deixar de referir, aqui na nossa Capital, o Colégio dos Presidentes,
onde lá estudaram Getúlio Vargas, Castelo Branco, Médici, Ernesto Geisel, João
Baptista de Oliveira Figueiredo. Até nos dias de hoje, o Colégio Militar também
se destaca pela qualidade do ensino. O Acompanhamento Farroupilha, dando
boas-vindas na nossa cidade de Porto Alegre e o nosso Parque Farroupilha. São
realmente itens que marcam a nossa Cidade. Por isso, amamos Porto Alegre e no
aniversário da Cidade, Presidente, de 242 anos, aqui, o PTB reafirma o seu
compromisso com a Cidade e parabeniza a todos os porto-alegrenses. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; nosso Secretário, Ver. Villela;
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; público que nos assiste aqui nas galerias e
também através da TVCâmara; hoje é aniversário da nossa Cidade e ontem a
Assembleia Legislativa deu um presente a Porto Alegre, votando um projeto que
libera R$ 25 milhões para as obras do entorno do Estádio Beira-Rio. Um grande
presente para a nossa Cidade, um grande presente para a Copa do Mundo, já que
cada um dos jogos realizados em Porto Alegre custará aos cofres públicos R$ 5
milhões! A cada jogo que se realizar aqui nesta Cidade, cada vez que o juiz
apitar o início de uma partida, serão R$ 5 milhões do povo de Porto Alegre que
estará lá naquele Estádio. No aniversário da Cidade, nós ganhamos esse
presente. Agora, tenho certeza, se perguntássemos à população de Porto Alegre
se queria que essa isenção fosse aplicada na saúde, na construção de novas
unidades básicas de saúde, em novos prontos atendimentos, na reparação dos
hospitais da rede pública, a população de Porto Alegre iria apoiar. Se usassem
esses R$ 5 milhões para melhorar as nossas escolas, para automatizá-las, para
torná-las dignas para os filhos dos trabalhadores, com certeza, a população de
Porto Alegre apoiaria. E, hoje, nos 242 anos de Porto Alegre, nós vimos vários
setores da nossa Cidade paralisados: os profissionais da saúde estão em greve
para melhorar a gestão da saúde, para melhorar o atendimento às pessoas. Hoje,
o Pronto Socorro de Porto Alegre, o Hospital Presidente Vargas, as Unidades
Básicas, todos estão paralisados, porque o pessoal que trabalha na área da
saúde está exigindo um maior investimento, principalmente na parte da gestão.
Temos aqui as monitoras. Foi feito um acordo nesta
Casa com as monitoras, através de um projeto aprovado no final do ano, em que
elas receberiam um abono, e não receberam nada! Estão aqui hoje, também estão
em greve, porque nada foi feito até agora para elas.
Isso é o que nós temos para comemorar na cidade de
Porto Alegre: obras paralisadas, recursos que não vêm. A nossa linda cidade de
Porto Alegre, que acolhe a todos, a Capital de todos os gaúchos, a Cidade que
recebe a todos de braços abertos.
Também temos outra notícia, nesse aniversário da
nossa Cidade: nós chegamos à marca de R$ 404 bilhões pagos em impostos, Ver.
Nereu D’Avila. Do dia 1º de janeiro até segunda-feira, o povo brasileiro, os
trabalhadores e a sociedade brasileira pagaram R$ 404 bilhões em impostos. Em
oitenta e quatro dias, nós pagamos essa fortuna em impostos! Referente ao mesmo
período do ano passado, houve um aumento drástico nessa questão dos impostos.
Hoje 36,42% do PIB do Brasil está vindo de impostos, do arrocho ao povo
brasileiro, aos trabalhadores brasileiros.
Agora, eu acho que esta Casa, na tarde hoje, tem um
compromisso com a população de Porto Alegre, que é votar o projeto do Parque do
Gasômetro – uma reivindicação desta Cidade, dos moradores do Centro Histórico,
das pessoas que frequentam o Parque do Gasômetro, que frequentam o Gasômetro,
que frequentam o Centro Histórico da nossa Cidade, para ali ter mais um local
de lazer, mais um local de descanso, mais um local de integração do povo da
nossa Cidade.
Esses são os relatos que queríamos fazer aqui em
nome do nosso Partido, o Solidariedade. Com força e fé, nós vamos mudar e
melhorar a vida do povo brasileiro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Edi Wilson Dinho está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. EDI WILSON
DINHO: Boa tarde a todos. Exmo. Sr. Presidente, colegas Vereadores e povo de
Porto Alegre, ocupo este espaço para prestar a minha homenagem à nossa Cidade.
São 242 anos sendo construída por gaúchos e brasileiros como eu, que tomaram
esta Cidade como sua. Desde que aqui cheguei, criei uma identidade e uma
afinidade com a Cidade e seu povo. Estou aqui porque o povo desta Cidade
confiou em mim para ser um dos seus representantes e defender os seus
interesses, além de encaminhar soluções que atendam aos seus desejos e
necessidades. Sinto que, de alguma maneira, preciso devolver o amor que recebo
de todos. Ando pelos bairros de Porto Alegre e converso com as pessoas. Há
muito a ser feito. Conquistei muitos títulos em minha vida como atleta, os mais
importantes pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, mas a maior felicidade é ter
sido conquistado por esta Cidade e por seu povo.
Este sergipano de Neópolis, que aqui se sente em
casa, no dia do aniversário de Porto Alegre não poderia deixar de cumprimentar
a todos e desejar que a construção de uma Porto Alegre mais humana e solidária
prossiga com o envolvimento de todos, e que esta Casa continue a manter o seu
papel de porta-voz e instrumento para a melhoria da Capital gaúcha.
Obrigado a todos e, mais uma vez, meus parabéns aos
porto-alegrenses e a todos os gaúchos, que devem se orgulhar da sua Capital.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Professor Garcia; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, prezadas monitoras,
trabalhadoras da educação desta Cidade; é muito triste, no dia do aniversário
da cidade de Porto Alegre, a gente receber aqui as monitoras solicitando seriedade
e exigindo que o Governo cumpra a sua palavra. Palavra dita aqui através dos seus Líderes na tribuna
desta Casa; palavra que, tenho certeza, influenciou a votação do conjunto dos
Vereadores que não derrubaram o Veto do Sr. Prefeito ao padrão sete. E eu leio,
Ver. Airto Ferronato, as palavras que V. Exa., em nome do Governo, proferiu
nesta tribuna no dia 12 de março de 2014. (Mostra documento.) (Lê.): “(...) na
terça-feira à tarde – e podemos marcar para as 14h –, nós estaremos, os
Vereadores todos, oposição e situação, o Simpa, a ATEMPA e vocês, nos reunindo
no gabinete do Prefeito e vamos elaborar um projeto de lei, sem vício de
origem. Vamos encaminhar um projeto de lei que dê aquele resultado que vocês
esperam e que não haja a possibilidade de uma disputa judicial, porque isso vai
se estender demais e não será bom para a Cidade, para a Câmara, para os nossos
jovens e para vocês. Nós nos comprometemos”, disse nesta tribuna o Ver. Airto
Ferronato em nome do Governo. “Vamos elaborar um projeto, e esse projeto será a
vitória de vocês. Um abraço e obrigado”. Foi dito segunda-feira passada, nesta
tribuna, ao conjunto de Vereadores e Vereadoras, que, na sequência, se
posicionariam: se votavam pelo padrão 7 ou se votavam para manter o Veto ao
padrão sete. Eu quero dizer a V. Exas. que foi impossível acompanhar a luta das
monitoras nessa semana e meia que se passou, porque elas estiveram na sua
comunidade, no Paço Municipal, na SMED. Na terça-feira, nós tivemos reunião com
elas, vários Vereadores, inclusive o Ver. Kevin Krieger, que é Vice-Líder, que
se comprometeu a construir um projeto que atendesse às reivindicações das
monitoras. E o grande argumento, gurias, do Governo era que a emenda desta
Vereadora em relação ao padrão 7 tinha vício de origem. Outro grande argumento
era que uma mudança de um padrão para outro sem concurso era ilegal – outro
argumento que nós desmontamos –, e que o Governo sanaria esses problemas, que
o problema não era, portanto, de conceito. E aqui está a prova, são as notas
taquigráficas. (Mostra documento.)
No dia do aniversário de Porto Alegre, voltam as
monitoras, educadoras das escolas infantis de Porto Alegre, educadoras que
seguram das sete às dezenove horas o atendimento das crianças de zero a cinco
anos; educadoras que não têm nenhuma gratificação; educadoras que não têm
adicional por difícil acesso, como têm as professoras; educadoras que fazem
hora extra para o Governo não ter denúncias públicas e não ter problemas mais
sérios no atendimento das crianças lá nas escolas infantis, e fizeram isso o
ano inteiro no ano passado; educadoras que lutam há 20 anos para ter
reconhecida a formação que é exigida legalmente, para ter o reconhecimento de
que fizeram a formação, que buscaram a sua qualificação, que estão se
aprimorando para bem atender às crianças da nossa Cidade. O que recebem elas de
retorno? Depois de uma reunião na terça-feira passada, em que o Vice-Prefeito
Sebastião Melo formou um grupo de trabalho na hora, com representação desta
Câmara, com representação do Simpa, da ATEMPA e das monitoras; com o Ver. Kevin
Krieger e o Ver. João Derly representando as Comissões, representando o
Governo, representando a oposição, ele se comprometeu a avaliar uma alternativa
em uma semana: não fosse o padrão 7, Vereador-Presidente, seria um abono. Abono
já ofertado para o conjunto das categorias que não receberam nada, nenhuma
gratificação nesse período, abono já previsto no Orçamento da Prefeitura. Uma
semana depois, o Governo não recebe mais, o Governo não escuta, o Governo não
atende ao telefone. Gurias, sabiam que eu liguei para o ex-Vereador Sebastião
Mello, Vice-Prefeito, perguntando da reunião, perguntando da proposta que nós
fizemos em reunião, na terça-feira passada, com o Governo presente, com três
Secretarias presentes. Sr. Presidente, nenhuma resposta, nenhum atendimento. O
Governo desonra a sua própria palavra, mas desonra esta Casa, porque os
Vereadores que mantiveram o Veto confiaram na palavra do Governo, que desonra a
educação infantil. E nós exigimos, Ver. Airto Ferronatto, hoje, depois das
votações que teremos aqui, reunião com o Governo, reunião com a liderança do
Governo desta Casa, reunião com as Lideranças desta Casa, porque o parlamento
não será usado para ludibriar, para enganar, para tirar direito de
trabalhadoras que são sérias, consequentes, combativas e necessárias como as
monitoras das escolas infantis. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Vereador-Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste;
em nome do PSOL, em meu nome e em nome da Ver.ª Fernanda Melchionna, eu quero
iniciar este pronunciamento cumprimentando as monitoras e monitores presentes,
colocando também a nossa solidariedade por este momento tão difícil por que
passam, e a nossa luta em favor daquilo que vocês defendem com muita justiça.
O aniversário de Porto Alegre fica manchado com
aquilo que está acontecendo com todos vocês. Por outro lado, não é só isso, monitoras
– e isso é muito –, que nos faz lamentar que o dia de hoje seja tão difícil
para a Capital do Estado. Há alguns dias temos feito denúncias em relação ao
comportamento da EPTC, e hoje nos chegam mais dados, agora todos os dias, meu
caro Pablo, Presidente em exercício dos fiscais de trânsito em Porto Alegre:
todos os dias denúncias do que é a EPTC. Falta dinheiro, Presidente, para o
padrão 7, para as monitoras? Não parece, porque a EPTC não multa as empresas de
ônibus em Porto Alegre, e são milhões de reais que são devidos. Milhões e
milhões de reais. Pegamos um dado, entre outros que já falamos, que mostra a
desfaçatez da área do transporte público na Cidade. No final de 2011, o
Presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, foi a público dizer que 348 multas
haviam sido aplicadas somente nas tabelas de verão às empresas de ônibus em
Porto Alegre. Nós sabíamos que não era verdade isso, mas foi difícil conseguir
os dados; agora nós fomos ver: o período que ele fala vai de 26 de dezembro a
29 de dezembro de 2011. E ele falou que foram 348 multas aplicadas; foram 22!
Para vocês saberem como funciona isso, rapidamente eu digo: as tabelas de
horário que as empresas de ônibus têm que cumprir não podem ser cumpridas se as
empresas não aumentarem o número de ônibus e de trabalhadores. Como eles não
querem gastar, eles obrigam seus ônibus a andarem em velocidade superior ao
permitido nos corredores de ônibus. Só de janeiro a julho de 2013 foram nove
mortes nos corredores de ônibus por atropelamento. Fora inúmeros outros
acidentes gravíssimos. E vem o Presidente da EPTC dizer que houve 348 multas no
período de dezembro de 2011. É falso, foram 22! Toda e qualquer declaração que
fizer a direção da EPTC, que manda anular os autos de infração, nós vamos
examinar com lupa, porque elas não correspondem à realidade, não são
verdadeiras. O que é verdadeiro é este acordo escandaloso: eles descumprem os
horários, ultrapassam os limites de velocidade e a EPTC não permite a
fiscalização. Não permite! Ela considerou, inclusive, um banco de dados de
fotos como inválido, porque revelava atuações por excesso de velocidade nos
corredores de ônibus. Está aqui, nós temos os dados.
E com relação à Prefeitura como um todo, monitoras,
há uma contradição. Para o padrão 7 não há dinheiro, mas para cobrar das
empresas de ônibus está sobrando dinheiro, ninguém cobra! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, e todos que nos
assistem. Quero cumprimentar também as monitoras, vocês já sabem da minha
posição, eu, particularmente, lamento, porque para termos uma educação de
primeira temos que dar qualidade para vocês também.
Eu quero parabenizar esta Cidade, onde eu cheguei
em 1973, há 41 anos, a nossa querida e linda Porto Alegre, que completa hoje
242 anos. Parabéns, Porto Alegre, cidade que me adotou, cidade onde realizei
tudo que sonhei e muito mais. Lugar que escolhi para constituir a minha
família, por ser a Capital, mas, ao mesmo tempo, por ter hábitos de cidade
pequena, como a cidade em que eu nasci, lá em Minas Gerais. Lugar que me
encanta, diariamente, com o seu maravilhoso pôr-do-sol do Gasômetro. Sempre digo
e afirmo: a minha raiz é mineira, mas o meu tronco é gaúcho. E como filho
acolhido por esta mãe, espero retribuir fazendo o melhor por Porto Alegre. Eu
agradeço Porto Alegre por tudo isso aí, por esses sonhos que eu conquistei com
esse povo maravilhoso, com esse carinho e calor humano imenso. Sou um cara
muito grato a esta Cidade, esta Cidade que me encanta. Eu não viveria sem Porto
Alegre; Porto Alegre viveria sem mim. Eu quero agradecer muito, de coração, a
Porto Alegre.
Também quero pedir a este povo de Porto Alegre:
vamos começar a chutar o preconceito. Estive num evento, juntamente com o
Dinho, o Tinga e o nosso árbitro Márcio Chagas, contra o preconceito racial.
Chegou o momento também de chutarmos esse preconceito. Eu acho que Porto
Alegre, esta mãe Porto Alegre, é maravilhosa, recebe todos com o coração
aberto, tanto os negros, os índios, os brancos, todas as cores. Então, chegou o
momento, gente, eu, particularmente, não como Vereador, mas como um cidadão que
vive aqui dentro desta Cidade, com muito orgulho, com muito amor, de pedir a
vocês: chegou a hora de chutarmos o preconceito de qualquer espécie.
E dizer também que a Copa do Mundo está aí, está
chegando, e muitos países estarão aqui no nosso País. E muitos países negros
estarão aqui. Por isso, o chute no preconceito é importante. Porto Alegre, eu
amo vocês; te amo, Porto Alegre. Sonhos de criança, em Minas Gerais, realizados
com a mãe Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero cumprimentar
todos os presentes, de uma forma muito particular e especial todo o pessoal da
luta do nosso Gasômetro, projeto que vamos votar hoje aqui, e as nossas
monitoras. Eu venho aqui em meu nome e em nome do Ver. João Derly, nosso Líder,
que me cedeu este tempo de Liderança, para dizer que nós amamos Porto Alegre.
Eu amo muito esta Cidade! Eu não sou daqui, sou lá da beira da linha do trem,
da cidade de Cacequi, filha de ferroviário. Eu vim vindo, como bom filho de
ferroviário, e cheguei a esta Cidade aos 12 anos, em 1954. Ao mesmo tempo em
que declaro o meu amor por esta Cidade, onde me criei, constitui minha família,
onde minha família foi bem recebida, eu digo que hoje não tenho como cantar
parabéns para Porto Alegre, e eu não tenho o que comemorar. Vou dizer por quê.
Em primeiro lugar, não é a saúde que eu posso comemorar. A saúde está em estado
de greve, falta gestão pública, falta garantia dos direitos do trabalhador.
Hoje, eu estive no Posto da Cruzeiro - no PAC da
Cruzeiro e no HPS -, e vi que as pessoas estão sendo atendidas. Os
trabalhadores estão em estado de greve, mas não deixam de atender mostrando a
busca dos seus direitos, e eu posso dizer que o povo está apoiando os
trabalhadores da saúde porque o povo quer o mesmo que os trabalhadores querem:
um SUS de qualidade, serviço de qualidade, atendimento desde a porta de entrada
nas especialidades e na sua atenção integral. Então, o apoio do povo de Porto
Alegre aos trabalhadores da saúde.
Acho que não posso também comemorar o transporte.
Há um indicativo de que a passagem vá de R$ 2,80 para R$ 2,95, e não se sabe
nada sobre a licitação. Vai ter ar-condicionado nos ônibus? Os ônibus vão estar
em condições não só para os usuários, mas também para os trabalhadores, para os
rodoviários, Paulinho, que tu tão bem representas e defendes aqui? A gestão do
transporte vai ser pública? Não sabemos, mas há um indicativo de aumento de
valor da passagem, no dia do aniversário.
Terceiro, a educação. Vou me fixar mais aqui. A
educação, para mim, para a nossa Bancada – para mim e para o João Derly, que,
aliás, conversou com o Vice-Prefeito e cobrou a manutenção do acordo, na medida
em que, naquele dia da reunião, o Vice-Prefeito disse que manteria essa
negociação, esse processo, no sentido de buscar uma solução! Eu estava lá como
Presidente da Frente Parlamentar.
E, hoje, por que eu me fixo na educação? As
monitoras, hoje, representam a educação aqui nesta Câmara Municipal!
Representam, porque a educação começa com a educação infantil, que é o primeiro
passo, é o primeiro momento! São as professoras, as mestras cuidadoras das
crianças, que, muitas vezes, inclusive, não têm sequer onde ficar. E a escola
não deveria ser espaço para isso, porque temos que ter condições de habitação,
de espaço, de lazer, de creches para todas as crianças. Então, a educação
infantil é o início desse processo.
Na reunião com o Vice-Prefeito, foi constituída uma
comissão, com esta Casa, através da CECE, com a Secretária, com o Simpa, com a
ATEMPA, com as monitoras, para construir uma proposta de negociação. Não tenho
tempo de ler a resposta. (Mostra documento.) Vocês todos sabem, os Vereadores
receberam. Isto não é resposta! Isto não é negociação! Isto, aliás, mostra que
não há uma interação e uma transversalidade! Constitui-se uma comissão com a
presença da Secretária e se recebe, do Secretário Adjunto da Secretaria
Municipal de Administração, uma resposta que não diz nada, diz o que já se
sabia e não reflete a negociação!
Eu acho, Srs. Vereadores, no sentido de contribuir,
que esta Câmara Municipal... Afinal, que governo é este que não conversa entre
si? Ou, então, nos diga: é uma decisão política de governo que não vai ter
negociação? Ou estão fazendo de conta que tem negociação! Não dá para trabalhar
assim, com a Câmara Municipal participando, com as entidades representativas
dos servidores e com o segmento dos servidores estratégico para a educação!
Então, vou fazer duas propostas, finalizando: Ver.
João Derly, Presidente da CECE, e Frente Parlamentar, vamos fazer visitas nas
escolas para ver as condições de trabalho, as dificuldades dos monitores e a
comunidade que está lá apoiando a luta dos monitores, para ouvir a comunidade!
Por último, eu creio que hoje, Sr. Presidente, a
nossa tarde está com demandas importantíssimas para a Cidade, e nós e V. Exa.
temos que receber os líderes e os monitores, uma comissão e as entidades, para
que a Câmara de Vereadores se manifeste em relação a uma proposta que não
reflete a negociação em que a Câmara de Vereadores está representada. Por fim,
quer comemorar Porto Alegre? Honra: honra a palavra, honra o compromisso;
senão, não tem comemoração. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa-tarde, Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, monitores
aqui presentes. Em primeiro lugar, quero deixar bem clara uma situação.
Infelizmente, a Ver.ª Sofia Cavedon falou a respeito de quem não votou na
quarta-feira, sendo que eu tinha votado na segunda-feira, e tinha conversado,
inclusive, com os Vereadores João Derly e Tarciso Flecha Negra, dizendo que eu
votaria a favor dos monitores. Eu fiquei triste, porque a minha tia veio a
falecer. Eu tenho atestado de óbito aqui, mas não vou mostrar; se fosse um
juiz, eu entregaria numa audiência, mas é chato ter que mostrar um atestado de
óbito para justificar a minha ausência para a Ver.ª Sofia Cavedon, que é uma
Vereadora, assim como eu. Fiquei muito triste, porque nós não podemos falar de
um Vereador que não está presente. Hoje há Vereadores ausentes, e seria como se
eu falasse da Ver.ª Any Ortiz, que está com atestado de saúde, está doente, e
eu dissesse, por exemplo, que a Vereadora não veio hoje, porque combinou com o
Vereador tal. Isso é muito feio. Temos sempre que falar com a pessoa presente
para que a mesma possa se defender.
Eu havia dito que iria votar com as monitoras, como
votei na segunda-feira; muitas delas me conhecem e já conversaram comigo. E eu
gosto de deixar as coisas sempre muito claras, e, quando temos que falar alguma
coisa, falamos frente a frente, e não pelas costas.
Quanto ao governo, quero dizer que o governo está
estudando a situação; eu procurei falar sobre a situação dos monitores e obtive
a resposta de que ele está estudando o caso, e, com certeza, acredito que se
chegue a uma solução, porque os monitores só estão pedindo aquilo que é
merecido.
Eu vim para cá lutando pela minha categoria, a dos
rodoviários, e não poderia deixar de lutar, também, pela categoria dos
monitores, porque são muito importantes, e nós precisamos da educação.
Então, desde quarta-feira, estou falando sobre esse
assunto. E, repito, fiquei muito triste com essa situação, quando a Vereadora
falou nas minhas costas que teria havido uma combinação. Eu nunca vi
combinação! Eu não combino voto com ninguém. Eu simplesmente disse para o Ver.
João Derly e para o Ver. Tarciso Flecha Negra que votaria com as monitoras,
então não combino com o fulano nem com o sicrano, e acho muito chato a gente
querer subir nas outras pessoas. Não é assim que se vence! A gente vence com
categoria, a gente vence com a verdade.
Falando sobre o trânsito, sobre o atropelamento que
aconteceu nesta semana, e o Ver. Pedro Ruas recém falou aqui sobre isso, o que
eu posso dizer, com 24 anos como motorista de ônibus – e eu sou aquele cara que
não pode falar de um acidente que não viu, por ter chegado depois –, é que, no
trânsito, tem que haver respeito e educação de ambas as partes. Não é por estar
de moto, de bicicleta, de carro ou de caminhão: todos têm que ter o devido
cuidado e respeito com o próximo, que está no outro veículo. Eu não posso puxar
para o meu lado... Se tiver espaço para passarem dois carros, tem que dar
espaço um para o outro para que flua o trânsito, para que não fique aquela
briga por os dois quererem entrar. Eu fiquei triste pelas famílias das garotas
que faleceram – poderiam ser a nossa família –, e também fiquei triste com o
que aconteceu com os “motoras”, que também devem estar passando por uma
situação difícil em casa, com as suas famílias.
Então eu quero deixar bem claro que espero que logo
essa solução seja tomada para as monitoras. O meu voto já estava comprometido,
e, quando eu me comprometo com algo, não volto atrás. E quero deixar um abraço
a todos, aos demais que estão em casa, às monitoras. Contem comigo e com os
demais Vereadores para que vocês obtenham o quanto antes essa resposta, que é
esse aumento digno que vocês estão pedindo. Um abraço a todos!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, colegas funcionários desta Casa,
senhores e senhoras que nos assistem através da TVCâmara, especialmente as
senhoras monitoras e os moradores do Centro, falar de Porto Alegre é falar do
Sr. Silvestre Soares de Freitas e da dona Universina Munhoz de Freitas, que
vieram de Lavras do Sul e foram aqui acolhidos, e, depois de alguns anos,
resolveram já ter o filho temporão, até porque o Sr. Silvestre, meu pai, era de
1910, e a minha mãe, de 1915. Aqui na Santa Casa nasci e no Colégio Cândido
Portinari fui alfabetizado, passando pela Escola Clotilde Cachapuz de Medeiros,
passando pela Escola Estadual de 1º Grau Professores Langendonck, e, passando,
finalmente, pelo Colégio Odila Gay da Fonseca, que carinhosamente, chamamos de
Odilão, onde fui o primeiro presidente de grêmio estudantil eleito diretamente
pelo voto dos colegas.
Falo isso, para agradecer a Porto Alegre, agradecer
aos eleitores, agradecer especialmente os quase sete mil votos que me trouxeram
a esta Casa, onde luto com os meus pares por uma Porto Alegre melhor, por uma
Porto Alegre com saúde, uma saúde eficiente. Há pouco fui lá na Hípica, com a
repórter Luiza, que estreou aqui nesta Casa, e fizemos um trabalho no posto de
saúde daquele bairro. Também andamos por esta Cidade e sabemos das dificuldades
que tem Porto Alegre, mas não foram dificuldades que nasceram agora, isso temos
que deixar bem claro; Porto Alegre tem 242 anos, não nasceu agora.
Nós temos que vibrar, sim, por obras que deixarão
Porto Alegre diferenciada; nós temos que vibrar, sim, por estarmos construindo
ciclovias serão as novas alternativas de transporte do mundo; nós temos que
vibrar, sim, quando lutamos e conseguimos transformar o sonho de muitos que não
tinham habitação e que hoje têm a sua habitação formalizada, regrada, podendo
dizer: “Hoje eu moro num lugar diferenciado, hoje eu tenho dignidade”.
Queremos mais. Claro que queremos mais! Eu quero
mais educação, eu quero uma educação de tempo integral, eu quero mais segurança
em Porto Alegre, eu quero mais saúde em Porto Alegre – todos nós queremos e
estamos caminhando para isso! Não adianta vir aqui dizer que não vamos
homenagear Porto Alegre. Temos que homenagear Porto Alegre, as belezas de Porto
Alegre e dizer que, conversando, nós iremos tentar resolver alguns problemas. E
eu digo isso, Paulinho, sei da tua indignação, porque sou da base do Governo e
votei a favor desse pleito. E hoje recebi a notícia do Sr. Vice-Prefeito, que
está no Rio de Janeiro, que as negociações continuam E nós torcemos, não
adianta só dar o voto e não torcer, não buscar o entendimento. É isto que nós
queremos: nós queremos o entendimento. Espero – gostaria de contar com o meu
Governo – que haja esse entendimento.
Para finalizar, gostaria, sim, de homenagear Porto
Alegre e ler uma poesia de Luiz Coronel: “Uma rua é mais que uma rua/ Quando
por ela passou tua infância/ Uma cidade é mais que uma cidade/ Se nela vivem
teus sonhos, tua esperança/ Porto Alegre, Porto Alegre /Teu aconchego me cobre
nas noites de frio/ Porto Alegre, Porto Alegre/ Me leva em teus braços de rio/
Beleza do teu rio Guaíba/ Cidade de meus amores/ Ouço a tua melodia/ Na voz
doce de teus cantores./ Por teus parques e avenidas/ Sinto o pulso de tua vida/
Minha cidade maravilha/ A manhã desperta em tuas ilhas/ Porto Alegre, Porto
Alegre/ Cidade menina, a noite te ilumina com um colar de estrelas/ Porto
Alegre, Porto Alegre/ Por tuas ruas me encontrei e me perdi/ Minha cidade, não
sei viver longe de ti”. Salve Porto Alegre! Parabéns, sim, Porto Alegre! Que nossas
lutas e nossas reivindicações sejam realizadas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores
que estão conosco nesta tarde, eu quero fazer a minha saudação a todos e, mais
ou menos, vou me filiar à linha do discurso do Ver. Paulinho Motorista de que,
na verdade, nós precisamos construir propostas. E a construção de qualquer
proposta não sai essencialmente no setor público, apenas e tão somente num
único encontro. Eu também me filio à posição da Ver.ª Jussara Cony. Eu acho que
é interessante a proposta que V. Exa. faz no sentido de buscar, via Comissão de
Educação da Câmara, capitanear o processo para que se alcance e se chegue a um
final que tenha repercussão favorável às demandas que aqui se faz, sem paixão,
sem as compreender, como faz a Ver.ª Sofia, uma crítica feroz ao Governo,
dizendo que tudo está acabado, sem nenhuma visão de derrota. Isso é pessimismo
desnecessário. A Ver.ª Sofia apenas faz essa movimentação pela resposta dada,
mas essa resposta apenas diz que não recebe a proposta do Simpa, porque o Simpa
fez um pedido de abono para toda a categoria de servidor público, com uma
repercussão financeira bastante grande.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: É verdade. O que acontece? Uma resposta negativa não encerra nenhuma
forma de negociação. Eu sou servidor público, trabalhei 37 anos no serviço
público, na União, no Estado e no Município. Os nossos pleitos, quando eu
participei, inclusive no comando de entidades de classe, nunca foram
conquistados em pouquíssimos dias. São lutas...
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Por gentileza, solicito que as manifestações sejam
feitas depois.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Que bom saber que foram 20 anos, talvez já tenha começado antes do tempo
da Ver.ª Sofia, como Secretária. São longos anos. E nós vamos acatar a proposta
da Ver.ª Jussara Cony, comandados pela CECE, hoje presidida pelo Ver. João
Derly. Nós vamos encaminhar os nossos pleitos todos. Eu já estou dizendo que
nos comprometemos, como Partido, PSB, em estar juntos nessa proposta. Sei que o
Governo não fugirá da sua responsabilidade e estará junto nessa discussão para
ver aonde chegaremos para que haja a conquista que se pede com serenidade,
Ver.ª Sofia. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0373/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 004/14, de autoria da Verª Jussara Cony, que concede a Comenda
Porto do Sol ao Opinião Teatro Bar Ltda.
PROC.
Nº 0414/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor José Humberto
Borges.
PROC.
Nº 0457/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que inclui
a efeméride Dia da Banda da Saldanha no Calendário de Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010, e alterações posteriores –, no dia 12 de outubro.
PROC.
Nº 2907/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 330/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que
institui o Sistema de Estações Digitais Públicas (EDPs) no Município de Porto
Alegre, que se constitui em equipamentos públicos por meio dos quais o
Executivo Municipal disponibilizará gratuitamente à população computadores com
acesso à internet e outras
facilidades, e dá outras providências.
PROC.
Nº 2914/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 336/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que obriga
as escolas da rede pública municipal a disponibilizarem pelo menos 1 (uma) sala
apropriada para as alunas do período noturno deixarem seus filhos durantes suas
aulas e 1 (uma) pessoal responsável para cuidá-los. Com Substitutivo nº 01.
PROC.
Nº 0351/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Criança Sorridente no Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 3087/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 050/14, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que concede a Comenda
Porto do Sol ao engenheiro civil Eduardo de Souza Pinto.
PROC.
Nº 3408/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 380/13, de autoria do Ver. Mario Manfro, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor José Francisco Sanchotene
Felice.
PROC.
Nº 0301/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 019/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Raul Jorge Anglada Pont.
PROC.
Nº 0333/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 002/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre ao Serviço Social da Habitação do Rio Grande
do Sul – SECOVIMED-RS.
PROC.
Nº 0477/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 008/14, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede a
Comenda Porto do Sol ao Grande Oriente do Brasil – Rio Grande do Sul (GOB-RS).
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não há quem queira discutir a Pauta.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu solicitei o tempo de Liderança de
oposição. Agradeço aos três Partidos, PCdoB, PSOL e PT. Eu acho, Ver. Airto
Ferronato, que a nossa Câmara foi usada; os Vereadores foram usados, vários
Vereadores da base do Governo, que queriam derrubar o Veto, foram eles também
tão enganados quanto as monitoras pela palavra do Prefeito e do Vice-Prefeito
desta Cidade. (Palmas.) Enganados por sua palavra, Ver. Airto, a quem considero
e respeito muito. E eu não estou fazendo aqui qualquer coisa que não seja apelo
ao Governo Municipal para que honre o Líder que tem nesta Casa, honre o Líder
que tem no diálogo, que botou sua cara a bater, que veio à tribuna e garantiu,
Ver. Airto Ferronato - V. Exa. não inventou - que nós vamos encaminhar um
projeto de lei que dê aquele resultado que vocês esperam, que não haja
possibilidade de disputa jurídica, porque isso se estenderia para a Cidade,
para nossos jovens e para vocês. Nós nos comprometemos, vamos elaborar um
projeto, que será a vitória de vocês! Isso foi dito em nome do Governo
Municipal! E eu não aceito que os Vereadores tenham sido enganados, porque a
carta que veio do Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Administração,
fecha todas as portas, pelo que está escrito aqui. Ver.ª Mônica Leal, eu não
gostaria de estar gritando tanto assim, mas eu acho que vocês não entenderam a
dor, a decepção da monitoras do Município de Porto Alegre. Acho que não
entenderam! Acho que não perceberam! Elas foram terça-feira para frente do Paço
Municipal, Ver. Kevin Krieger, entraram conosco. Ver. Delegado Cleiton,
conversaram com o Vice-Prefeito, fizeram uma proposta mediada, proposta do
próprio Governo, Ver. Airto Ferronato, porque elas não queriam abono; querem o
padrão 7, que é de seu direito, da sua dignidade e da sua formação! E o ofício
diz que não dá nem o abono, que elas não são técnicas, portanto não têm padrão
7 - isso desautoriza V. Exa e desautoriza a Câmara Municipal de Porto Alegre,
Vereador-Presidente. Foi nesta tribuna, onde alguns vêm aqui e dizem que é
sagrada, diante da televisão, diante da imprensa, que foi dito, em nome do
Governo, que o Executivo encaminharia um projeto! E não pode o Governo vir aqui
e dizer isso e, cinco dias depois, dizer que não dá abono nem padrão, e que
encerrou a conversa. Não é sério em tempos de democracia, gurias! Não é sério
em tempos de eleição democrática de representantes do povo! Nós não estamos
falando do tempo da ditadura! Nós não estamos falando de gestor indicado! Não
estamos falando de intendente indicado, de interventor! Nós estamos falando de
Prefeito eleito, de Prefeito que responde por sua palavra. Estamos falando de
Parlamento, de Legislativo, de Poder Legislativo! Eu sei que muitos Vereadores
não derrubaram o Veto porque o Governo fez essa promessa! Muitos Vereadores não
derrubaram o Veto porque o Governo fez a promessa que de mandaria o seu próprio
projeto! E eu gostaria, Presidente, que esta Casa não admitisse ser
achincalhada e não admitisse ser usada para dar cachorro nas monitoras! Para
enganar as monitoras! (Palmas.) Para diminuir a sua mobilização! Para
desautorizar uma luta, uma luta tão digna, tão bonita, tão generosa! (Palmas.)
Eu não gostaria! Ou esta Casa se levanta e exige, Mauro, que o Governo tenha
palavra, ou esta Casa está tão achincalhada quanto vocês, gurias! Tão
achincalhada e desrespeitada quanto vocês estão sendo desrespeitadas! Então,
Ver. Airto, por favor, o seu Governo não pode fazer isso com esta Casa, com o
Poder Legislativo, numa democracia! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que hoje é
um dia de festejar a cidade de Porto Alegre. Tem gente que não gosta da cidade
de Porto Alegre.
(Vaias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Como vão ensinar para as nossas crianças as pessoas que vaiam o
aniversário da cidade de Porto Alegre? O que é que eles vão ensinar?
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Ah, mas eu estou falando sobre a cidade, e vocês vaiam. Mas vamos
escutar aí. Sr. Presidente, eu gostaria que fosse garantido o meu tempo. Podem
vaiar à vontade, mas no final – eu até ajudo.
(Vaias.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, o seu tempo está assegurado.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Presidente. Eu estava dizendo – agora que dá para ouvir – que
hoje é um dia de felicidade para a cidade de Porto Alegre, pela sua história,
pela população que construiu esta Cidade, por pessoas simples, por quem veio de
fora – desde os portugueses que vieram para cá –, das pessoas que vieram do
Interior, como eu e como muitos que estão aqui, e que têm em Porto Alegre a sua
casa, a sua morada, o seu coração. E não só vivem; muitos, certamente, vão ser
enterrados ou cremados aqui em Porto Alegre, porque amam esta Cidade. Agora,
esta Cidade ama a verdade acima de tudo.
A pessoa precisa ter a verdade, falar a verdade e
defender a verdade. Inventar coisas, como inventam aqui nesta tribuna, como
distorcem aqui nesta tribuna, isso não é amar a verdade; isto é fazer média,
mesmo sabendo que não vai dar. Tem pessoas que ficam puxando o saco de vocês e
sabem que aquele caminho não dá certo. Eles sabem que esse caminho não é por o
correto.
O abono já era para ter saído no ano passado. Sabem
por que não saiu? Porque o Simpa não queria para vocês. Ou dá para todos ou não
dá para ninguém. Isso a Ver.ª Sofia defende aqui. Usa vocês como massa de
manobra, e vocês não merecem isso. Vocês não merecem isso!
A Ver.ª Sofia quer que cumpram uma palavra que não
foi dada! O que se falou aqui foi no abono, e ela distorce, como sempre
distorce, como mente.
O Governo respondeu que não tem por quê. O Simpa
queria para todos. E a Ver.ª Sofia vem aqui distorcer a verdade. Isso não pega
mais, Vereadora! Isso não pega mais! A senhora continue fazendo a sua campanha;
a senhora é candidata, mas não use pessoas como essas aqui, que trabalham o dia
todo, para serem cabos eleitorais da senhora! A senhora não tem esse direito! A
senhora não tem esse direito, porque o seu Governo e o seu Partido não fazem
isso. Não fique misturando os Vereadores daqui com a sua turma; não misture os
outros Vereadores com a sua turma! Não queira dizer que nós ficamos
achincalhados, porque não ficamos! Achincalhada fica a senhora cada vez que
mente aqui na tribuna!
E todo o mundo já sabe, a senhora já levou um xixi,
aqui, de outros Vereadores, de dois ou três Vereadores, porque a senhora mente,
falta com a verdade. Falta com a verdade, se mete na vida dos outros
Vereadores! Falou da Ver.ª Lourdes, falou da Ver.ª Séfora, falou do Ver.
Paulinho!
Quando os Vereadores não atendem ao seu interesse
escuso – porque é escuso o seu interesse... Se a senhora estivesse preocupada
com a educação, a senhora teria feito este projeto. A senhora não quis fazer e
ainda engavetou porque é uma Vereadora que mente para fazer voto! Mente para
fazer voto!
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Idenir Cecchim, o tempo de V. Exa. está
assegurado. (Pausa.) Ver. Idenir Cecchim, pode continuar, por gentileza.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Muito obrigado. Eu não tenho a procuração de nenhum colega Vereador, mas
acho que a Ver.ª Sofia Cavedon passou dos limites quando disse que nós ficamos
achincalhados. Eu dispenso a defesa da Vereadora. Dispenso! E certamente a
maioria dos colegas aqui dispensa porque são homens e mulheres honrados e não
precisam que uma Vereadora venha aqui e tente dizer o que é bom e o que mau,
ainda mais quando ela está mentindo da tribuna. Então, Ver.ª Sofia, por favor, não
me use! Não me use e não use os meus colegas de boa vontade e de boa-fé!
Ninguém ficou achincalhado aqui. Ninguém faltou com a verdade aqui. A senhora
não cobre do Presidente aquilo que o Presidente não prometeu. A senhora promete
e não cumpre, vende e não entrega – tudo em troca de uma campanha política! Eu
não sou candidato. A senhora pode continuar e que Deus lhe ajude, mas não minta
lá na Assembleia, se for eleita, como mente aqui!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h28min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
Apregoo a Emenda nº 04, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, ao PLCE nº 020/13.
Apregoo a Emenda nº 05, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, ao PLCE nº 020/13.
Apregoo Requerimento de autoria
do Ver. Airto Ferronato, solicitando dispensa do envio das Emendas nºs 04 e 05
ao PLCE nº 020/13 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon,
solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs 01, 02, 03, 04 e 05 ao
PLCE nº 020/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
Comunicado da Ver.ª Fernanda Melchionna que solicita representar esta Casa na
Audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos
Estados Americanos - OEA, na cidade de Washington D.C.- EUA.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h31min.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 17h24min): Estão reabertos os trabalhos.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLCE nº 020/13. (Pausa.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Presidente, Ver. Professor Garcia, V. Exa. deve
lembrar - e quero socializar com o conjunto dos pares - que fizemos um
requerimento, eu e o Ver. Marcelo Sgarbossa, ao final da Audiência Pública de
segunda-feira, sobre o tema Parque do Gasômetro, solicitando que esta votação
seja realizada à noite, em Sessão Extraordinária, a ser acordada com a Mesa e
Lideranças, em função da relevância do tema.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): V. Exa. fez o Requerimento naquele dia, mas aquele
não era o fórum adequado, pois este é o fórum que decide de forma soberana. Como
V. Exa. reitera o Requerimento, vamos colocá-lo em votação.
O SR. AIRTO
FERRONATO (Requerimento): Meu caro Presidente, antes disso, vou fazer uma
proposição que é de alto interesse para a cidade de Porto Alegre: solicito que
antes da discussão do Requerimento da Ver.ª Sofia Cavedon, vote-se – e nos
comprometemos a não discutir a matéria – o projeto que modifica as garantias,
para que se coloque ali os R$ 69 milhões para a SMOV, pois isso é uma matéria
urgentíssima, de alto interesse, e em cinco minutos votaremos. Rogo à Vereadora
que aceite a nossa proposta.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu consulto a Ver.ª Sofia.
O SR. NEREU
D'AVILA (Requerimento): Vereadora, permita-me fazer um Requerimento? É o
seguinte: o Projeto de minha autoria é sobre um nome de rua. Como eu pretendo
inaugurá-la nos primeiros dias de abril, seria necessário aprová-lo hoje.
Ninguém vai ser contra o nome de rua. Eu solicito a inversão da ordem da
priorização de votação.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Na realidade, nós temos na Mesa três Requerimentos,
cada um com a sua justificativa. A Ver.ª Sofia Cavedon solicita uma Sessão
Extraordinária para votarmos o PLCE nº 020/13 à noite. O Ver. Airto Ferronato
solicita que nós, em vez de votarmos primeiramente o projeto do Gasômetro,
votemos o de R$ 69 milhões de despesa, já que ...
O SR. NEREU
D'AVILA: Por favor, repita o Requerimento do Ver. Ferronato.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É o Projeto de Lei do Executivo nº 009/14.
(Aparte antirregimental do Ver. Airto Ferronato.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, é que V. Exa. então não explicou. Não é
de R$ 69 milhões, é uma cláusula de garantia.
(Aparte antirregimental do Ver. Airto Ferronato.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu sei, Vereador, só que V. Exa. falou R$ 69
milhões e é o que fica no registro. Então, não são R$ 69 milhões e, sim,
cláusula de garantia.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu vou votar, Vereadora, nós vamos votar todos os Requerimentos.
O SR. NEREU
D'AVILA: O Ver. Ferronato concede que o nome de rua seja votado em primeiro,
porque será votado em dez segundos. Nem vou encaminhar, não há nada.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, será o segundo Projeto a ser votado.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, eu compreendo a ânsia do Governo em votar esse Projeto
desse dinheiro, compreendo a necessidade do Ver. Nereu D’Avila de votar o seu
Projeto, mas também compreendo que os moradores do Gasômetro, que estão aqui
deste o início desta Sessão, queiram que seja votado este projeto agora. Então,
eu acho que a gente vota o Gasômetro, vota o Projeto do Governo e vota o do
Ver. Nereu D’Avila.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, V. Exa. não está fazendo um Requerimento,
está fazendo uma justificativa. Mas, de qualquer maneira, mantenho.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY (Requerimento): Presidente, eu quero também requerer que passe a
constar na Ordem do Dia... Não foi possível incluir na reunião de Líderes - nos
dias 28 e 30 vamos ter mais uma edição do Encontro Holístico Brasileiro,
reunindo mais de 30 palestrantes -, então eu quero encaminhar um Requerimento
para inclusão ...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, até vou lhe pedir, quero a sua...
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Eu quero encaminhar um Requerimento para a inclusão da criação da Frente
Parlamentar, Requerimento nº 025/14, na Ordem do Dia; 18 Vereadores assinaram
para compor e incluí-lo, para que a gente possa aprovar essa Frente antes do
fim de semana.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, na Reunião de Líderes, havia dois
projetos de V. Exa. - e V. Exa. tinha saído -, e quem estava lhe representando
apresentou o projeto. Ele vai entrar, mas vai ser o último.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Requeiro que ele seja o primeiro.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ele nem está na Ordem do Dia.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Quero que ele entre na Ordem do Dia e que possa ser aprovado.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O seu projeto não está na priorização, o senhor
quer que ele seja priorizado e que seja o primeiro?
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Não, não. Primeiro o do Governo, depois o nome de rua e depois o nosso.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, o seu projeto não está priorizado, ele
não pode entrar na Ordem do Dia.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Estou requerendo que ele entre na Ordem do Dia, que seja submetido ao
Plenário.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Então, o senhor tem que fazer um Requerimento.
Vereador, sinto muito.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr. Presidente, nós fizemos um acordo, cada Vereador podia encaminhar um
projeto por semana.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, eu acolho, mas este Presidente está
indeferindo o seu Requerimento.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Mas não vai ser submetido ao Plenário?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não vai ser submetido, porque ele não está
priorizado.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Mas estou querendo que ele entre na Ordem do Dia, Presidente. Se o
Plenário achar que não, tudo bem. Tivemos um acordo de Mesa.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Houve um projeto de V. Exa. que foi votado na
segunda-feira. Então, tudo aquilo que V. Exa. propôs, inclusive, não está
valendo mais nada.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Está valendo sim.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, não está valendo.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Está valendo.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Se nós acordamos, entre nós, que seria um projeto
por semana, Vereador... V. Exa. é da Mesa, se não ajuda, Vereador... Eu
gostaria que levássemos para a Mesa essa discussão.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Estou ajudando. Mas eu estou querendo submeter o Requerimento para que o
Plenário defira ou indefira, Sr. Presidente, o meu pedido. O evento é sábado,
não tem como abrir uma exceção?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Então, será o quinto Requerimento a ser votado. O
primeiro Requerimento a ser votado é o da Ver.ª Sofia Cavedon.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, eu sugiro que V. Exa. suspenda a Sessão por alguns
minutos e chame as Lideranças para resolver isso.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, vai ser resolvido. Em votação o
Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu gostaria que fosse avaliado o
Requerimento do Ver. Airto Ferronato, porque nós vamos discutir o meu
Requerimento, e eu não quero prejudicar o projeto do Governo nem a Cidade.
Então, eu abro mão da precedência.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, esta presidência vai conduzir da
seguinte forma, porque, ato contínuo, o Ver. Nereu D’Avila disse que o Ver.
Airto Ferronato havia concordado. Vereadora, para a senhora ver a complexidade.
V. Exa. está abrindo mão para o Ver. Airto Ferronato, e o Ver. Airto Ferronato
abriu não para o Ver. Nereu D'Avila.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: O que não tem problema.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Se não tem problema, coloco em votação de imediato
o Requerimento de autoria do Ver. Nereu D'Avila.
O SR. DR.
THIAGO: Presidente, eu quero a manutenção do Requerimento do Ver. Janta. O Ver.
Janta requereu aqui ...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Janta não requereu.
O SR. DR.
THIAGO: O Ver. Janta fez um requerimento.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Não adianta o Governo ameaçar. Eu vou retirar o quórum e vou embora
para casa, Ferronato. Foi dito para a população que a prioridade do dia seria
votar o projeto do Gasômetro.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): E é verdade, Vereador.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Isso foi dito para toda população de Porto Alegre. O que é isso!?
(Aparte antirregimental.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: O quê? É isso,
sim! Agora vamos retirar o quórum...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Claudio Janta. (Pausa.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Eu quero, em nome do Governo, cumprimentar a oposição que defende a
ideia de votar, em primeiro lugar, o projeto que garante para Porto Alegre R$
70 milhões. Trata-se apenas...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, V. Exa. está defendendo isso, mas V.
Exa. foi o primeiro a abrir mão para o outro projeto.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Não tem problema porque serão dois segundos!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Mas se não tem problema... Na realidade nós
estamos em votação... Solicito o seguinte...
O SR. DR.
THIAGO: Eu quero que fique nas notas, Ver. Airto Ferronato, que a reunião de
quinta-feira não está sendo respeitada. Ou faz a reunião e a seguimos
adequadamente, ou então ela não precisa existir!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Solicito aos Srs. Vereadores... Eu vou esclarecer
a situação. Quem não se sentir esclarecido, solicite um aparte. Na realidade,
nós temos seis requerimentos. Eu vou tentar colocar os seis. O primeiro
requerimento é da Ver.ª Sofia Cavedon para fazer uma Sessão Extraordinária à
noite. O segundo requerimento é do Ver. Airto Ferronato para priorizar o do
Executivo. O terceiro requerimento é do Ver. Nereu D’Avila solicitando que o
seu projeto seja o primeiro, com a concordância do Ver. Airto Ferronato. O
quarto requerimento é do Ver. Márcio Bins Ely. O quinto requerimento é do Ver.
Clàudio Janta que solicita a votação imediatamente, conforme havia sido
combinado na Ordem do Dia, do projeto do Gasômetro. Na realidade, o
requerimento do Ver. Nereu tem a concordância dos demais que requereram antes,
mas não tem a do Ver. Clàudio Janta.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver.ª Sofia, só um minutinho aí! Só um minutinho! O
de V. Exa. é o primeiro Requerimento, que abriu mão para o segundo; e o segundo
abriu mão para o terceiro.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: E pronto.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, e pronto, não! Se tem um quinto Requerimento
que não abre mão, nós voltamos à estaca zero!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Mas eu pergunto, Presidente, e aí não é para confundi-lo, porque acho
que, realmente, está difícil: eu havia sugerido que...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, é que, na realidade, nós só estamos perdendo
mais tempo com o que já podia estar resolvido!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: E nós temos uma precedência de apresentação dos Requerimentos em
plenário. Eu quero ajudar Vossa Excelência...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, eu sei, tem uma precedência, mas eu
quero dizer que a precedência tem que ter uma concordância dos requerentes. E,
quando um dos requerentes, que foi o Ver. Clàudio Janta, remete ao primeiro...
(Aparte antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não é verdade, eu quero votar com a participação da população!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Clàudio Janta, o seu Requerimento não é no
sentido de que seja imediatamente...
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não pode ser primeiro o do Janta, tem que ter uma ordem!
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, Vereadora, não é o que eu estou dizendo. O que
eu não posso fazer é priorizar, é fazer o Requerimento do Ver. Nereu ser o
primeiro. Então, eu vou fazer em ordem cronológica, conforme apareceu. Vou
fazer isso!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Está bem, está bem.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento de sua autoria.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós lutamos muito tempo, Ver. Dr.
Thiago – e que fique muito claro que não é um problema de não querer votar. A
nossa Bancada, na pessoa do Ver. Engº Comassetto, escreveu, no Plano Diretor
desta Cidade, a previsão do Parque Usina do Gasômetro, uma construção em
parceria com o Movimento Viva Gasômetro, que a Jacqueline lidera. Como não é
vida, é fato, está assinado, foi votado e foi construído.
Portanto, não venham aqui dizer que nós não
queremos votar. Nós não concordamos com a formulação do Governo Municipal. O
Governo quer um parque atravessado por uma avenida com três pistas para cada
lado. Nós, não nós apenas, não somos só nós; as audiências públicas, as
mobilizações que esta Cidade viveu por dois anos, o Ministério Público, a Dra.
Ana Marchesan insistiu – e a Jacqueline sabe muito bem – até o último momento
que o Governo esteve sentado à mesa que se fizesse o rebaixamento da João
Goulart. Portanto, não é uma invenção, não é uma procrastinação, é uma
insistência no debate com o Governo.
Ver. Marcelo Sgarbossa, o nosso encaminhamento é
para que seja votado em horário noturno, numa sessão extraordinária, porque
ainda não temos sessões ordinárias noturnas, só por isso! E aí falo com os
moradores do entorno da Usina, com as pessoas que estão acompanhando e com
todas as pessoas que não estão acompanhando, porque agora é hora de trabalho, é
dia de trabalho, é horário de trabalho. Nós estamos, há anos, com um projeto de
lei nesta Casa – há anos – no qual nós propomos que a Câmara transfira para a
noite uma das três sessões, e que essa seja uma sessão de votação de projetos,
porque a Câmara decide como vai ser a rua na frente da casa das pessoas, decide
se tira o sol ou não tira o sol, como decidiu, de tarde, que, aqui ao lado do
Museu Júlio de Castilhos, vai subir um prédio que vai tirar o sol da área de
serviço de todos os moradores. E quem disse que o morador não tem direito à sua
ambiência, ao sol que bate na sua janela e seca as suas roupas? E que os
Vereadores podem, durante a tarde, concordar com o Governo e tirar esse sol,
sem a população participar, sem a população poder opinar? Essa é a questão!
(Aparte antirregimental.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não, eu não estou misturando, eu estou exemplificando. Eu posso dar
outros exemplos de decisões que esta Casa tomou, como a de distribuição de
índice construtivo, a de mudança de regras na Cidade, de IPTU, e sempre de dia!
E durante o dia é um horário que poucas pessoas conseguem participar.
Então, o fulcro do nosso Requerimento, meu e do
Ver. Sgarbossa, é que nós aprofundemos a democracia. Que as questões, como a do
Parque do Gasômetro, que não diz respeito apenas a quem mora lá perto, mas diz
respeito às milhares e milhares de pessoas que frequentam a Usina do Gasômetro,
que passam por ela, que admiram a paisagem de Porto Alegre... Nós precisamos
aprofundar a democracia; para os problemas da democracia, só mais democracia.
Então, o nosso Requerimento a V. Exas. é que este projeto e outros de maior
impacto na Cidade sejam votados à noite, sim! Que possamos evoluir, que esta
Câmara de Porto Alegre dê o exemplo ao País de evolução na forma como tomam
decisões, é nesse ponto que se baseia a proposição: que se
agende, na reunião de Mesa e Lideranças, uma sessão noturna, avisada
previamente à sociedade, para que a população dialogue com os Vereadores, para
que a população veja como votam os Vereadores, para que a população possa
participar e decidir sobre a sua vida.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação
nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon, o Requerimento de sua autoria.
(Pausa.) Ver.ª Sofia, V. Exa. não votou?
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não votei, Vereador-Presidente, porque estava verificando se havia
quórum para continuar a Sessão.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Qual é seu voto, Vereadora?
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Meu voto é “sim”, Presidente.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Só para esclarecer para as galerias que a Ver.ª Sofia não queria a
votação para hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ela não queria, Vereador, esse é o Requerimento.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, só deixa eu fazer uma pergunta para esclarecimento: se
não há quórum, encerra a Sessão, não é isso?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Se não há quórum, encerra a Sessão.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Encerra a Sessão?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Então, só para que as galerias saibam que encerraria a Sessão, e nós não
votaríamos esse do Gasômetro e nenhum outro. Muito obrigado.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Presidente...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É sobre a votação, Vereador?
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sim, é sobre a votação. Não votei e voto “sim”.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo o resultado da votação do Requerimento de
autoria da Ver.ª Sofia Cavedon: REJEITADO
por 02 votos SIM,
18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Segundo: Requerimento do Ver. Ferronato, que não se
encontra no plenário. Não vou colocar em votação o Requerimento.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, faço o meu Requerimento: que seja, em primeiro lugar,
votado o projeto do Governo, e que nós possamos, inclusive, ter um acordo de
não discuti-lo.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, só um pouquinho! O Requerimento de
autoria do Ver. Airto Ferronato já está fora porque não tem mais proponente.
Então, primeiro o do Ver. Nereu. Eu quero colocar que é do Ver. Nereu...
O SR. IDENIR
CECCHIM (Requerimento): A Bancada do PMDB faz esse Requerimento, assina,
para que se vote esse do Governo antes.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Está certo.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Airto
Ferronato e aditado pela Bancada do PMDB. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Sendo assim, restam prejudicados os Requerimentos
de autoria do Ver. Nereu D’Avila e do Ver. Clàudio Janta.
(Aparte antirregimental.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É que o Ver. Nereu pediu para ser o primeiro, como
foi definido que o primeiro...
(Aparte antirregimental do Ver. Nereu D’Avila.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Pois não, só um pouquinho, Vereador.
O SR. NEREU
D’AVILA: O Ver. Ferronato, antes de se retirar, e V. Exa. já registrou para os
Anais, havia concedido a prioridade para que o meu fosse votado antes desse
daí, desse que agora...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Mas, Vereador, o Ver. Ferronato não se encontrava
no Plenário. A Bancada do PMDB ainda colocou – e está expresso no que foi
colocado aqui – que seria o primeiro projeto. E nós votamos isso.
O SR. NEREU
D’AVILA: Só o seguinte, Vereador: Vossa Excelência...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, eu acho que há uma condição que nós
podemos contemporizar, desde que o Ver. Clàudio Janta também concorde. Em
relação ao projeto do Governo, foi solicitado que não houvesse discussão, mas
nós podemos votar o do Ver. Nereu, que é de nome de rua - inclusive projetos
para denominação de ruas já nem passam mais em plenário, é uma situação atípica
-, e aí nós entraríamos em seguida, se V. Exa. concordar...
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, eu só queria ouvir o compromisso de todos os líderes de
que não vai haver discussão e nem encaminhamento de votação nos dois projetos.
Se não vai haver discussão de ninguém e nem encaminhamento de votação, nós
concordamos em votar rapidamente estes dois projetos e esperamos que haja
quórum para votar o do Gasômetro.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Pois não. Então, o silêncio do Plenário
possibilita...
(Aparte antirregimental do Ver. Márcio Bins Ely.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Calma, Vereador! Calma! V. Exa. está muito afoito,
nós temos ainda mais Requerimentos, Vereador.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Nereu
D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Márcio
Bins Ely, o Requerimento de sua autoria (Pausa.)...
(Aparte antirregimental do Ver. Márcio Bins Ely.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, agora, eu já estou em processo de
votação. V. Exa. acabou de dizer que... Foi feito um acordo de que não seria
encaminhado Requerimento, agora, V. Exa., mais uma vez, é o primeiro, Vereador?
(Aparte antirregimental do Ver. Márcio Bins Ely.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, é um direito que lhe assiste; embora a
gente combine as coisas, é um direito que lhe assiste quebrar as regras do
jogo.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Presidente, para não prejudicar a votação, tendo em vista os
Requerimentos dos Vereadores, eu vou me abster e declinar da defesa do meu
Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, V. Exa. está retirando o seu Requerimento
ou continua com o Requerimento?
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Eu vou retirar o meu Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Pois não, obrigado, Vereador. Quero dizer que é de
bom senso, e é o melhor encaminhamento.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0591/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 009/14, que altera o § 3º do art. 1º da Lei nº
11.472, de 29 de agosto de 2013.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 26-03-14.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE nº 009/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3414/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 382/13, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
denomina Rua Gedi dos Santos Silva o logradouro não cadastrado conhecido como
Rua Primavera do Varejão, localizado no Bairro Lami.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 24-03-14 por força do art. 81 da LOM.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 382/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3425/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 020/13,
que institui o Corredor Parque do Gasômetro e altera o § 3º do art. 154 da Lei
Complementar nº 646, de 22 de julho de 2010. Com Emendas nos 01, 02 e 03.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE e COSMAM. Relator-Geral Ver. Professor
Garcia: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§ 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 16-12-13.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o
PLCE nº 020/13. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir
o PLCE nº 020/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Quero dizer que eu
lamento que nós não estejamos fazendo esta Sessão em um período que a população
possa nos acompanhar. Acho que agora, talvez, porque são 18h, mas era
importante, Ver. Nedel, que pudéssemos ter avisado à população. Em primeiro
lugar, quero dizer que este projeto que veio para cá é resultado da reação da cidade de
Porto Alegre ao corte de árvores na frente da Usina na Praça Julio Mesquita. E
é porque nós aprovamos, no Plano Diretor da cidade de Porto Alegre, o Corredor
Parque do Gasômetro. O Ver. Engº Comassetto assinou na data de 22 de julho de
2010, e o Governo Municipal, pelo que dizia o Plano Diretor da Cidade, uma lei
complementar, tinha 18 meses, a partir de 22 de julho de 2010, - portanto um
ano e meio -, para regulamentar, instituindo o Corredor Parque do Gasômetro
mediante lei específica. Eu vou repetir: nós votamos, em 2010, no Plano
Diretor, o Parque do Gasômetro, e estabelecemos que o Governo Municipal tinha
18 meses para mandar uma lei para cá e regulamentar o Parque do Gasômetro.
Julho de 2010, julho de 2011, dezembro de 2011, até o final de 2011 tinha que
ter chegado uma lei a esta Casa regulamentando o Corredor Parque do Gasômetro,
Ver. Mauro Pinheiro. E não chegou essa lei. Janeiro de 2013, o Governo que não
regulamentou o Parque, que não cumpriu o Plano Diretor, pouco antes do
carnaval, começou a cortar as árvores na frente da Usina do Gasômetro. Os
jovens subiram nas árvores, criou-se uma comoção na cidade de Porto Alegre,
árvores frondosas, local de convivência, de fruição. E, a partir dali,
Ministério Público, audiência pública nesta Casa, Grupo de Trabalho formado
entre Governo e esta Casa, o Viva Gasômetro, o IAB e a Agapam começaram a
constituir um processo de elaboração. O Ministério Público entrou na Justiça
contra o Governo, paralisou as obras da Av. Edvaldo Pereira Paiva, impediu o
corte de uma parte das árvores, e o resultado de todo esse conflito e de todos
esses fóruns é que este projeto vem para cá. Portanto o Governo, como diz uma
militante, está apenas encaminhando uma compensação ao estrago feito; o Governo
está encaminhando aos seus moldes. É bem verdade que fez um esforço de buscar
mais áreas porque o Ministério Público exigiu compensação pela área retirada na
duplicação da Av. Edvaldo Pereira Paiva. Então é importante saber, senhores,
que isso é resultado de muita luta da população de Porto Alegre, de muita
crítica, de muita comoção, de juventude que subiu em árvores. E o que buscava
essa juventude, essa população? Que as praças fossem integradas à orla.
Infelizmente o projeto não vem com essa intenção. Digo isso porque, no Plano
Diretor, estava escrito que a Av. Presidente João Goulart seria rebaixada; digo
isso porque o projeto Caís do Porto, também controverso, previa rebaixamento da
via, na frente da Praça Brigadeiro Sampaio. Essa era toda a expectativa da
população de Porto Alegre, e, infelizmente, não veio no projeto de lei...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Apenas concluo dizendo que, apesar de todos os
esforços feitos pelo Ministério Público, pelos movimentos, o Governo não
acolheu a iniciativa, não priorizou integrar orla e praças, não se dispôs
sequer a realizar um projeto e buscar recursos, mas esta Casa pode corrigir essa
dificuldade política do Governo de compreender a sua Cidade.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir o PLCE nº 020/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
assiste nas galerias e na TVCâmara, a Ver.ª Sofia já fez todo o relato do que
esta Casa já fez sobre o Parque do Gasômetro. Eu e mais 16 novos Vereadores
assumimos no início do ano, bem no período em que estavam cortando as árvores
na da Av. Edvaldo Pereira Paiva, e a Vereadora até fez um relato de um período
em que nós não estávamos aqui.
Então eu acho que essa questão do Gasômetro já foi
mais do que discutida por esta Casa, já foi discutida à exaustão por esta Casa.
E eu acho que esta Casa está apta a votar essa questão do Gasômetro, a votar a
favor do povo de Porto Alegre, porque tivemos duas audiências públicas, tivemos
várias intervenções, e esta Casa está apta a votar para a população de Porto
Alegre. A Ver.ª Sofia pergunta a quem interessa essa obra. Interessa a quem
mora na Zona Sul! Interessa aos trabalhadores que ficam duas horas dentro de um
ônibus! Interessa às pessoas que querem a ampliação do Gasômetro nos fins de
semana! Agora, nós não podemos ter dois pesos e duas medidas! A Vereadora fala
muito em fazer Sessão à noite, mas foi Presidente desta Casa e não fez quando
estava na Presidência da Câmara. Por que não fez? Foi Presidente desta Casa,
por que não fez Sessão à noite, se é tão importante? Nós já fizemos várias
Sessões aqui nesta Casa, que entraram noite adentro! No final do ano, nós
trabalhamos até quase uma hora da manhã, aqui estávamos nós e os nossos
assessores, e votamos coisas importantíssimas para Porto Alegre. Inclusive,
votamos o salário das monitoras, que hoje à tarde estavam aqui, e votamos a
favor, tanto em dezembro quanto agora, e votamos contra o Veto do Prefeito. Mas
era noite, e por que não estavam aqui?
E até para quem está em casa nos ouvindo: se tu
tens um projeto do teu interesse, não lota a Câmara de Vereadores, porque senão
o teu projeto vai demorar muito a ser votado. Vem só tu aqui, fala com os
Vereadores, que é agilizado o teu projeto. E nós não podemos ter dois pesos e duas
medidas! A Vereadora fala tanto nas árvores que foram derrubadas, mas quem
garantiu que as árvores fossem derrubadas foi o Governador Tarso Genro, que
botou a Brigada Militar ali. O Prefeito Kassab derrubou milhares de árvores a
mais do que nós derrubamos aqui, para fazer um condomínio de luxo! Em Belo
Monte, o que está acontecendo? Não estão destruindo meia dúzia de árvores,
estão destruindo o pulmão do Brasil em Belo Monte. E aí nós temos dois pesos e
duas medidas. Eu acho que nós temos que ter uma medida para a população de
Porto Alegre. Eu acho que o Parque do Gasômetro já foi muito discutido. Hoje, a
Cidade está esperando um repasse da União, de oitocentos e poucos milhões que
viriam em dezembro, e até agora não chegou aos cofres públicos. E as pessoas
que nasceram em Porto Alegre, que se criaram na cidade de Porto Alegre sabem
que nós estamos em cima de um aterro, sabem que nós estamos em cima de uma área
que foi aterrada. Então não vai ser nesse aterro que nós vamos construir túnel.
Serão milhões e milhões vindos não sei de onde, já que a União não repassou nem
os oitocentos e poucos que tem que passar para a Prefeitura de Porto Alegre,
não repassou para a construção e conclusão dos BRTs, e por aí afora.
Eu acho que estamos maduros o suficiente, por todo
o relato que a Ver.ª Sofia já fez aqui sobre discussões que já fez esta Casa
sobre o Parque do Gasômetro, para votar a matéria no dia de hoje, e a cidade de
Porto Alegre ter mais um parque.
Eu acredito que o Ver. Guilherme Socias Villela,
quando criou o Parque Marinha do Brasil, deve ter passado por isso, também, por
essa discussão, e, hoje, aquele é um parque que serve a toda a população de
Porto Alegre: aos esqueitistas, aos esportistas, à população que procura uma
sombra para fazer o seu churrasquinho nos fins de semana.
Vamos dar mais um parque para Porto Alegre, para o
Centro Histórico, para as pessoas que moram no Centro de Porto Alegre poderem
usufruir a nossa orla, a nossa Cidade.
Acreditamos que esta Casa está pronta para votar
este projeto hoje, aprovar este projeto de mais uma área pública de conforto
para os trabalhadores e suas famílias.
Com força e fé, esta Casa vai fazer justiça com o
povo de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir
o PLCE nº 020/13.
O SR. DR.
THIAGO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu venho, com muita
tristeza, aqui, constatar alguns fatos. Fico muito chateado de a Ver.ª Sofia
Cavedon vir a esta tribuna subestimar a nossa inteligência e a nossa capacidade
de trabalho.
No ano passado, se constituiu um grupo de trabalho
para discutir o Parque do Gasômetro. A Jacque está aqui. O Viva Gasômetro
participou ativamente. Nós tivemos aqui a presença do Executivo, através do
Rogério Baú, da Andréia, da Valéria, da PGM; nós tivemos Vereadores da situação
participando, como o Cassio, o Márcio; nós tivemos o Ferronato participando;
nós tivemos Vereadores de oposição participando; ela participou; o Ver.
Comassetto participou. Aliás, pena eu não ter o informativo do Ver. Comassetto
aqui, que é a descrição do projeto, elogiando a descrição do projeto! Até
porque a emenda, no Plano Diretor, foi feita por ele, Ver. Comassetto, da mesma
bancada da Ver.ª Sofia! Então, não pode atirar pedra no colega de bancada, tem
que falar com ele antes!
Quero dizer mais o seguinte: a área 4, aqui, não
estava no projeto original, na emenda original do Ver. Engº Comassetto, e foi
incorporada a este projeto por ação de todos nós, em conjunto, por ação da
sociedade civil organizada, pela participação do Ministério Público; a Dra. Ana
Marchesan esteve aqui nas reuniões, o Dr. Saut esteve aqui nas reuniões. Então,
eu acho que nós não podemos rasgar a história, rasgar o que foi feito. Senão,
estaremos subestimando o trabalho que foi construído nesta Casa e a senhora vai
estar subestimando o seu trabalho. E eu acho que a cada dia mais temos que
valorizar o trabalho que é feito nesta Casa, porque foram reuniões quinzenais,
ao longo de todo ano, com a participação do Ministério Público, com a
participação de Vereadores de oposição, com a participação de Vereadores de
situação, com a participação do Executivo. Nós temos esse dever com a
posteridade. Nós temos que deixar gravado.
Bom, mas vai precisar ter lá isso, isso e aquilo.
Isso faz parte do projeto executivo, que é o segundo momento. Nós precisamos,
primeiro, liminarmente, mapear a área que vai ser do Parque do Gasômetro,
porque senão ele nunca vai existir! Porque senão ele nunca vai existir! Existem
milhares de interesses na Cidade para que não saia o Parque do Gasômetro!
Então, nós precisamos gravar a sua área delimitada para, depois, sim, no
projeto executivo poder discutir o que vai haver dentro dele.
Quero dizer que já me associo, aqui... Digo que
votarei favorável. Se não houvesse esta emenda do Ver. Professor Garcia, eu a
faria, à qual não permite estacionamento na Praça Júlio Mesquita. Eu sou
favorável, tenho certeza de que a imensa maioria dos Vereadores vai ser
favorável a essa emenda, mas nós precisamos gravar o Parque do Gasômetro. Para
a Cidade, para a população que está nos ouvindo e assistindo: o Parque Usina do
Gasômetro dialoga com o Cais e dialoga com o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
Ele não é a mesma coisa - é importante que a Cidade entenda. Ele tem
interfaces, ele dialoga, mas para que ele efetivamente exista, ele precisa ser
delimitado por uma lei municipal, e é isso que nós temos que fazer, aqui, hoje;
não adianta maquiar essa situação para que a Cidade não ganhe isso e dizer:
“Olha, o projeto executivo contém isso, isso e aquilo.” Isso é fazer com que
isso não saia do papel. Isso é fazer com que interesses de que o parque não
saia se consolidem. E nós somos favoráveis a que esse parque, efetivamente,
saia do papel e que a Cidade, mais uma vez, ganhe em área verde, ganhe em área
de fraternidade entre as pessoas, de área de diálogo entre as pessoas. Por isso
votaremos e encaminharemos favoravelmente.
Parabéns ao Viva Gasômetro, parabéns à sociedade
civil organizada pela sua luta, e podem ter certeza de que estaremos sempre
juntos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor
Garcia): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para discutir o PLCE nº
020/13.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a frase não é minha,
mas é por demais conhecida e repetida: “É possível enganar alguns por algum
tempo, é possível enganar a muitos por muito tempo, mas não se pode enganar a
todos por todo tempo”. É preciso que se faça a ordem cronológica dessa
história, porque tem muita gente fazendo cumprimento com o chapéu alheio, e tem
gente que não sabe de toda a história e acaba por acreditar. A primeira
justiça, Dr. João Almeida, que eu quero que seja feita é que quem concebeu a
ideia de ter um parque - e digo isso na frente da Jacqueline -, quem concebeu a
ideia de ter um parque com telhado verde, com ligação da Praça Brigadeiro
Sampaio com um futuro shopping center
que haveria ali foi o arquiteto Jaime Lerner. Faz parte da apresentação que o
arquiteto Jaime Lerner fez nesta Casa a todos os Vereadores, aquela ideia dessa
ligação e do telhado verde. Este Vereador que aqui está era o presidente da
Frente Parlamentar pela Revitalização do Cais, projeto que a Ver.ª Sofia
Cavedon e o Ver. Comassetto votaram contra. Votaram contra!
Segunda questão:
primeiro despacho deste Vereador com o Prefeito José Fogaça, eu, com muita
honra convidado para ser o Líder do Governo. Disse-me o Prefeito José Fogaça:
“Valter, nós temos que revisar o Plano Diretor de Porto Alegre”. Faz nove anos
que nós temos que revisar e não conseguimos, e tem vários Vereadores aqui de
segundo e de terceiro mandatos que lembram disso. Nós buscamos, Ver. Villela, o
decano da Casa - o Ver. Ferronatto lembra disso -, o mais experimentado, o mais
respeitado, aquele acima de qualquer outra questão: o Ver. João Dib, que foi
presidente dos trabalhos pela revisão do Plano Diretor. Começamos em janeiro e
terminamos em outubro, em Sessões em que o Ver. Marcio era Secretário do
Planejamento, que foram até as 4 e meia da manhã. Nesse contexto, nós votávamos
o Plano Diretor do Cais do Porto e o Plano Diretor de Porto Alegre, porque, se
não tivéssemos votado o Plano Diretor do Cais, não poderia haver nada no Cais, nem a
revitalização. E quando dormimos numa noite, depois de uma apresentação, o Ver.
Comassetto foi lá e apresentou uma emenda que tinha sido apresentada aqui, a
ideia que tinha sido apresentada aqui pelo arquiteto Jaime Lerner, para o qual
nós todos demos acordo, e não vamos dizer que não seja uma luta do Viva
Gasômetro, porque era, sim. Era, mas era uma ideia que surgiu a partir daquela
apresentação, com o apoio de todos os Vereadores. De novo repito: estes
Vereadores do PT votaram contra. Então o assunto não começa aqui nas árvores
que foram derrubadas; esse assunto tem oito anos – dizem uns. Que eu saiba, a
história do Gasômetro começou na apresentação do Jaime Lerner, que está
documentada, pois foi ele que apresentou a imagem do telhado verde e da ligação
do parque com a praça. Portanto, também não é do Comassetto, que pegou aquilo
na noite e, no dia seguinte, pela manhã, apresentou a emenda dizendo que era
dele. Não é. Assim como isso também não é bandeira do PT; isso é realização do
nosso Governo, do Prefeito José Fogaça, que tocou para frente a revitalização
do cais, e agora do Prefeito José Fortunati. Então todos nós queremos a mesma
coisa: uma cidade desenvolvida, arborizada, o nosso rio de volta com a
revitalização do cais. E a Praça Julio Mesquita e a Praça Brigadeiro Sampaio
fazem parte deste contexto, nós sempre compreendemos isso! Nós nunca dissemos
não a isso. Mais do que isso, nós somos os verdadeiros protagonistas deste
capítulo que tem hoje o seu encerramento aqui. Então me desculpem: quem quer
que venha aqui levantando qualquer bandeira que seja: vamos ser fiéis aos fatos
como aconteceram, às verdades como se desenrolaram, aos protagonistas como de
fato foram. Não há privilégio de um nem de outro, não há autoria nem
exclusividade; isso foi concebido no bojo de um pensamento que queria a revisão
do Plano Diretor - foi feita – e o Regime Urbanístico do Cais do Porto - foi
feito. E neste contexto dessas duas questões que avançavam aqui é que se pensou
o parque. Portanto, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores que
nos prestigiam com suas presenças hoje na Câmara, essa é a verdadeira história
da criação deste parque, que tem luta social, sim, mas que tem participação de
muitos Vereadores e que não é bandeira exclusiva de um Partido político. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato solicita retirada de
tramitação da Emenda nº 04 ao PLCE nº 020/13. (Pausa.)
Apregoo a Emenda nº 06, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, ao PLCE nº 020/13.
Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Airto
Ferronato, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 06 ao PLCE nº 020/13 à
apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
discutir o PLCE nº 020/13.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu queria primeiro dizer que talvez, sim, não comece agora este debate.
A proposta, fruto do Fórum de Entidades, do Ver. Comassetto, mostra que não foi
com o corte das árvores, Ver. Valter, que começou. Mas o timing político e o momento em que se discute e se cria um grupo de
trabalho, quando há toda a atenção da sociedade, foi naquele fatídico período
de férias, há um ano e pouco, quando as motosserras trabalharam e os jovens
subiram nas árvores e não deixaram cortar aquelas últimas três árvores. Foi ali
que o caldo engrossou, foi ali que esse grupo de trabalho sentou. Estamos aqui
discutindo este Projeto. Então, foi, sim, de um ano para cá que a coisa ebuliu
na Cidade. E ebuliu com várias irracionalidades. Primeiro, colocando que aquilo
ali seria uma luta de ambientalistas, quando, na verdade, a irracionalidade da
duplicação...E não há como se afastar do seguinte ponto: teremos um parque, um
parque com uma rodovia que cruza ele ao meio. Que parque é esse, Ver. Villela –
o senhor que é um grande urbanista? Colocaram um parque e uma rodovia – não é
uma rua –, uma avenida de alta velocidade a cruzar por esse parque. Portanto, a
emenda, assinada pela Ver.ª Sofia, pela Bancada do Partido dos Trabalhadores,
vincula o rebaixamento da pista e uma cobertura não tão inclinada em que os
pedestres possam atravessar da Praça Júlio Mesquita diretamente para a Usina do
Gasômetro.
E é inconcebível que um Projeto em que se discute a
demarcação do Corredor Parque do Gasômetro deixe de fora justamente a Usina do
Gasômetro. Então, esse é um outro ponto que, sob o pretexto de não querer
engessar o Projeto, não se coloca a Usina do Gasômetro no Parque do Gasômetro.
São duas questões. E, vejam, essa aqui não é uma demanda de agora, inventada
numa emenda, um “puxadinho”, como diz o Ver. Alceu Brasinha. Lá, em 2006, a
Região de Planejamento 1 do Conselho do Plano Diretor já solicitava o
empreendimento futuro, que viria com o Cais Mauá, tivesse o rebaixamento da
pista, tanto que no projeto do arquiteto Jaime Lerner consta justamente esse
rebaixamento depois da Usina. Então, vejam que não há nada de novo, essa emenda
que discutiremos em seguida, o ponto central, o rebaixamento da pista, já
estava previsto. Estava previsto de um lado, é só alongarmos. Nós estamos
fazendo - a palavra é curiosa e triste - trincheiras na Rua Anita Garibaldi,
trincheiras na Av. Cristóvão Colombo, fazendo praticamente túneis onde foram
encontradas - o que já se sabia - rochas, o que faz com que as obras estejam
paradas. Bom, porque não o rebaixamento da pista aqui também? Olhem só, tudo
isso admitindo a necessidade desta obra. Até hoje não foi explicado, pelos
técnicos da EPTC, porque não se pensou na inversão de mão nos horários
diferenciados? De manhã, só vai nas duas pistas; de tarde, só vem, tirando a
necessidade da obra em si. Outra questão: não rebaixando a pista, aquela sinaleira
de pedestres na frente da Usina do Gasômetro continuará ali, ou os pedestres
não vão mais atravessar a rua? Continuarão atravessando. Portanto, se o valor
máximo aqui se coloca a fluidez do trânsito, então, continuará tendo uma
sinaleira para a travessia de pedestres.
Então, vejam, há uma série...Inúmeros colegas aqui
na Audiência Pública colocaram foram ali e filmaram; há vídeos na Internet que
mostram a desnecessidade da duplicação naquele sentido, naquele trecho da rua.
Então, vamos aqui debater cada emenda, mas, em
especial, uma, que é a questão do concurso público, uma outra emenda que a
Ver.ª Sofia Cavedon nos lembra aqui. O concurso público, eu também assino, mas
a Vereadora é mais atuante no tema - estou lhe seguindo os passos
orgulhosamente. Porque não abrirmos para a Cidade, é um ponto turístico da
Cidade, é o cartão de visitas da Cidade, por que não discutirmos com ela,
democraticamente e apresentarmos as inúmeras ideias que podem surgir...
(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: ...Não é nova, a obra em si, é altamente questionável; portanto, um voto
aqui por incluirmos garantias que no futuro a pista será rebaixada e incluída a
Usina do Gasômetro no Parque do Gasômetro.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLCE nº 020/13.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Srs. Vereadores, senhoras e senhores, digo apenas que estamos aqui
traçando o limite do parque, que ele vem maior do que aquilo que se idealizou
lá quando se discutiu o Plano Diretor. Apresentei três emendas. Na realidade,
retirei uma. Então, estamos com duas emendas. Retirei a emenda porque estávamos
inserindo no Parque Gasômetro o Gasômetro e a Doca turística que tem ali.
Acontece que nos informam que a Doca faz parte do Projeto Cais Mauá. Para não
tumultuar o Projeto, vamos deixar a última emenda que apresentei trazendo para
o parque a Usina do Gasômetro. A emenda anterior diz que será dada prioridade
ao pedestre e às pessoas com deficiência. Com isso nós sinalizamos a prioridade
aos pedestres e não há necessidade de inserir agora propostas que digam
respeito ao projeto em si, que é o próximo passo que será dado. Portanto,
estamos dizendo que votaremos favoravelmente. Porto Alegre ganhará mais um belo
parque que foi uma luta da comunidade porto-alegrense e que sempre teve o apoio
desta Casa e do Executivo Municipal. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir o PLCE nº 020/13.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu estava
atentamente escutando os meus colegas Vereadores e nem iria vir discutir porque
eu acho que todos nós vamos votar favoravelmente ao Projeto, Ver. Tarciso, mas
acabei escutando algumas coisas com as quais eu não concordo. Por exemplo, o
meu amigo Ver. Clàudio Janta reclamou dos recursos que o Governo Federal não
repassa para o Município. O Ver. Valter reclamou que o Comassetto fez uma emenda que, na verdade, era do Jaime Lerner, que foi protocolada e
aprovada num descuido do Governo.
Eu diria, Ver.
Valter, que o grande problema é a falta de gestão do Município! Por isso todos
esses problemas estão acontecendo! Se os valores do Governo Federal não chegam,
Ver. Clàudio Janta, não é incompetência dos projetos do Governo! Nos projetos
que nós acompanhamos, que foram construídos de forma errônea - e que a Caixa
não repassou porque os projetos estavam errados, foram corrigidos os projetos –
e o dinheiro vem.
Agora, se os projetos
não são executados de forma correta, o Governo Federal não pode mandar dinheiro
para onde não tem projeto, ou se o projeto estiver equivocado, errado! Então,
temos que ajustar os projetos para que os recursos venham! Os recursos são
depositados na Caixa e não conseguem ser sacados, porque o Governo não consegue
acertar os projetos, tem dificuldade! O Governo abre várias obras no Município
e não consegue terminar nenhuma! Aí, depois, diz: “Não, não tem gente, não tem
recurso”. E como é que abriram dez, quinze frentes?
Hoje votamos vários
projetos, inclusive, na Reunião das Comissões Conjuntas, Ver. Cleiton, porque o
Governo está alterando os projetos! Então, eu não estou inventando nada, os
projetos eram da Copa, não são mais da Copa, saíram da Copa, porque não
conseguiram terminá-los! Então, como é que vão mandar dinheiro se não conseguem
acertar os projetos? E se o projeto é tão bom, se a emenda do Ver. Comassetto –
que não é do Ver. Comassetto, segundo o Ver. Valter, que era uma ideia do Jaime
Lerner, que é o grande arquiteto e que a Prefeitura está contratando para
acertar o Cais, e ele diz que temos que rebaixar para poder lincar a praça com
o Guaíba, com o Gasômetro, com o Cais Mauá... E agora nós vamos votar contra o
rebaixamento que não é nem mais do Comassetto? Então, se fosse o contrário,
porque é do Comassetto ou da associação, mas não, então, a ideia é do Jaime
Lerner! A população quer, nós queremos e o Município é contra? Aí eu escutei a
desculpa aqui: “Ah, mas tem água”. Sim, então, o Jaime fez um projeto que não
vale, que não dá, porque têm alguns problemas.
Então, nós temos que
nos acertar aqui. Todos nós queremos o projeto, é bom para a Cidade, ficamos o
dia inteiro discutindo o projeto, e a emenda que era do Comassetto, que foi
porque a Associação do Gasômetro queria, porque, na verdade, a ideia é do Jaime
Lerner, então, ele é bom ou não é? A ideia do Jaime, que está sendo contratado,
pela Prefeitura? Então, eu não consigo entender essa confusão que o Governo
faz! Nós queremos o melhor para a Cidade! O Jaime não é o grande arquiteto? E a
ideia não é dele? Se foi mais um descuido do Governo que não conseguiu
colocar no papel o que foi dito pelo arquiteto que foi contratado pelo Governo,
e o Vereador de oposição foi lá e fez a Emenda que deveria ter sido feita pelo
Governo, então, mais uma vez, eu tenho razão, quando digo que tem problema de
gestão!
Contratam o arquiteto, o arquiteto diz que tem que fazer,
o Município não consegue botar no papel, o Vereador de oposição vai lá e bota
no papel, aprova no Plano Diretor, e, agora, não dá para fazer!
Então, eu não consigo entender este Governo, essa
dificuldade de se entender com o próprio arquiteto que foi contratado. Piorou!
Mas nós vamos votar favoravelmente, Ver. Nedel, e
esperamos que o Governo se acerte, principalmente, com os seus Vereadores, que
não conseguem defender o seu Governo, porque está uma confusão.
Eu, como Vereador de oposição, fico esperando a
decisão até do próprio Governo, dos próprios Vereadores, para saber como vão
votar. Nós queremos o melhor para a Cidade, e acho que todos nós queremos isso.
O Sr. João
Carlos Nedel: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para informar
que uma coisa é o Projeto de Lei, e a outra coisa é o projeto de engenharia, de
arquitetura. Então, tem que separar as duas coisas.
É por isso que o Projeto Executivo, de arquitetura,
vai prever vários detalhes que a lei não precisa prever.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Concluindo e respondendo ao Ver. Nedel. Vereador, concordo com V. Exa.,
e digo que a Emenda do Ver. Comassetto foi aprovada no Plano Diretor, do
rebaixamento da Av. João Goulart. Está aprovada! Está lá, tem justificativa.
Nós só queremos que seja cumprido o Plano Diretor,
que foi votado nesta Casa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o PLCE nº 020/13. (Pausa.) A Ver.ª
Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 020/13.
(Pausa.)
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Nós vamos começar com as emendas, Vereadora.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Presidente, eu gostaria que votássemos! Vou fazer um alerta: se nós não
conseguirmos votar, a responsabilidade será das ações procrastinatórias da
Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Então, vamos começar a votar as emendas. V. Exa.
pediu o destaque. Vamos votar as emendas. Vamos facilitar e agilizar o
processo.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, apenas para eu entender: está sendo suprimido o direito ao
encaminhamento da votação do projeto? Eu gostaria de encaminhar a votação do
projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): V. Exa. queria?
A SRA. SOFIA
CAVEDON: É que eu perguntei se as emendas não eram encaminhadas antes.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 020/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Infelizmente, hoje é dia da Conferência Nacional das Cidades, e, por
isso, o Ver. Engº Comassetto não está aqui. Quero, em nome da minha Bancada,
recuperar o mérito que o Ver. Engº Comassetto tem por ter absorvido uma demanda
do Movimento Viva Gasômetro, por ter elaborado a emenda. E quero dizer que nós
entendemos, sim, que, na época, a emenda foi escrita no Plano Diretor,
determinado o prazo para o Governo regulamentar, e a emenda indicava o
rebaixamento da via. Se foi antes ou depois, Ver. Valter, que o Jaime Lerner sugeriu, eu não lembro, mas, para nós,
isso não é problema, porque eu subi muitas vezes à tribuna desta Casa, mostrei
os desenhos do Cais do Porto, onde o Jaime Lerner integrava, sim, a Praça
Brigadeiro Sampaio com a orla. E, portanto, é possível, é viável, tecnicamente
- e assim foi vendido para a cidade de Porto Alegre. Portanto, muitas vezes,
nós dissemos que o Jaime Lerner propunha, dissemos que o projeto do Cais do
Porto propunha e que nós gostaríamos que esse fosse o formato do Parque
Gasômetro, com a continuidade do rebaixamento da Av. Presidente João Goulart.
Encaminho pela minha Bancada, Ver. Marcelo
Sgarbossa, dizendo que nós sonhamos com outra Cidade. Quando nós procrastinamos
aqui... Primeiro, não foi procrastinação
sem um grande e profundo debate de projetos importantes durante a tarde; segundo,
porque nós não nos conformamos com que este Governo desonre a marca de
participação direta, o protagonismo da cidade de Porto Alegre com os seus
projetos que desconsideram – solenemente - a vontade da população, Ver. Nedel.
Como eu vou votar, é assunto da minha decisão, junto com a minha Bancada.
Agora, a nossa Bancada estará sempre perfilada para uma Cidade mais humana,
lembrando a marca do mandato do Ver. Sgarbossa. Sempre alerta que, por exemplo,
era possível que os estacionamentos dessa área central fossem subterrâneos,
porque isso não está sendo indicado pelo tão avançado Jaime Lerner, porque o
Projeto do Jaime Lerner propôs que os estacionamentos fossem na Praça Júlio
Mesquita, na praça onde tem yoga organizada pelo Viva Gasômetro, na praça onde
as pessoas tomam chimarrão e juntam as suas famílias. Então, há controvérsias
num projeto proposto por quem não vive na Cidade, por quem é de fora da Cidade.
A Cidade se contrapôs a isso, não quer isso. A Cidade quer valorização das suas
praças e parques, ampliação das áreas. Quero valorizar nesse encaminhamento o
diálogo do Governo do Estado com o Município, o Governo do Estado está trocando
áreas da CEEE e viabilizando ampliação da área Parque Gasômetro. E esta
ampliação compensa áreas subtraídas para a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva,
mas não resolve um parque, de fato, seguro para as pessoas, não resolve, de
fato, um parque bem integrado, sem automóveis, ao lado da OSPA, perto da
Câmara, ao lado da nossa orla. O Ver. Airto Ferronato acabou retirando parte da
orla, na emenda que o Vice-Prefeito Sebastião Melo, na segunda-feira à noite,
sinalizou para a Audiência Pública que aqui se realizou, dizendo que
incorporaria, que era possível conversar sobre a incorporação da área da orla,
no entorno da Usina, ao Parque Gasômetro, que era a intenção inicial do
legislador e da votação desta Casa.
Então, a nossa votação será uma votação pelo parque
que a Cidade sonha e se não escrevermos na lei, hoje, nós continuaremos
discutindo e debatendo com o Governo que deveria honrar a história de
participação popular e direta dessa Cidade, a história da mobilização cidadã
desta Cidade, absorvendo as suas sugestões, incorporando mais humanidade e
menos automóveis.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora.
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 01 ao PLCE nº 020/13. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 16
votos SIM e 05 votos NÃO.
(Manifestação do Ver. João Carlos Nedel fora do
microfone. Inaudível.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Ver. João Carlos Nedel, vamos consultar a Diretoria
Legislativa. (Pausa.)
Ver. João Carlos Nedel, o senhor está certo. Então,
anularemos a votação, tendo em vista que a orientação foi equivocada.
(Manifestações de vários Vereadores fora do
microfone. Inaudíveis.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A votação está nula e nós reabriremos o painel para
nova votação.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: O senhor se equivocou com o resultado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não, inclusive o meu voto também não foi computado
e eu também teria que ter registrado, Ver. João Carlos Nedel. Então, anulamos a
votação.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Não, em absoluto, Sr. Presidente. A votação foi correta, só que V. Exa.
divulgou tantos a favor e tantos contra, portanto, a emenda foi rejeitada.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Ver. João Carlos Nedel...
(Manifestações de vários Vereadores fora do
microfone. Inaudíveis.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Não senhor, é lei complementar.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A votação foi nula porque este Vereador, que
preside esta Sessão, não votou. Então, o meu voto não foi computado e o meu voto
era obrigatório pelo Regimento. Então, a votação está decretada nula e
determino a reabertura do painel para nova votação. Orientação de votação:
precisa de maioria absoluta. Então, para ser aprovada a emenda são necessários
19 votos favoráveis.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, no meu entendimento tem que haver 19 votos, mas não 19
votos favoráveis, e sim maioria absoluta de votos favoráveis.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Há necessidade de maioria absoluta.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Ver. Mauro Pinheiro, a questão de ter 19 votos, ou
seja, metade mais um da totalidade do Plenário, é em função de ser uma lei
complementar.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Correto, Vereador.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 01 ao PLCE nº 020/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Dezessete Vereadores presentes. Não há quórum.
Está encerrada a Ordem do Dia e os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h47min.)
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